Dom de tristeza
Eu quero chorar
Mas não quero
Deixar as lágrimas
Caírem.
Pois se assim o fizer
Muitas gotas
De minha tristeza
Tocarão o chão.
E dali hão de brotar
Infinitas mágoas
Regadas pela triste chuva
De um rigoroso inverno.
E penso no que poder
Colher desta messe
Destas frutas suculentas
Irrigadas de choro e sangue.
Uma Rosa Negra
De caule cinza
Como a fuligem
Que passeia pelos ares
Com cheiro de morte
Perfume funerário
Espinhos não há não
Basta sentir seu cheiro
Para perfurar o coração.
Suas sementes amargas
Podem deixar o doce
Mais doce que existe
Ruim como gosto da morte.
E com toda a facilidade
Ela me torna assim.
Mas não quero
Deixar as lágrimas
Caírem.
Pois se assim o fizer
Muitas gotas
De minha tristeza
Tocarão o chão.
E dali hão de brotar
Infinitas mágoas
Regadas pela triste chuva
De um rigoroso inverno.
E penso no que poder
Colher desta messe
Destas frutas suculentas
Irrigadas de choro e sangue.
Uma Rosa Negra
De caule cinza
Como a fuligem
Que passeia pelos ares
Com cheiro de morte
Perfume funerário
Espinhos não há não
Basta sentir seu cheiro
Para perfurar o coração.
Suas sementes amargas
Podem deixar o doce
Mais doce que existe
Ruim como gosto da morte.
E com toda a facilidade
Ela me torna assim.
(Thomas J. P. Lopes, 20020626)