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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Meu doce

Como definir-te o sabor
Se é algo irreal
Não direi infinito, pois
Ainda não provei dele.
É como um chocolate
Que nunca dura o
Quanto sequer
É muito difícil dividir
Com os outros.
E esse sabor adocica a vida
Até nos momentos de pura
Amargura, basta um pedacinho.
Sempre pede mais, digo
Que não quero, mas
Não resisto. Acabo dando tudo.
Também é bom no inverno,
Porque esquenta o corpo
Mas no verão, pode ser
Aconteça uma lambuza.
Mas se enjoa num dia
No outro a vontade é bem
Maior. As vezes acho que
Sou uma formiga...
...que está longe das outras.
Encontrei um torrão de açúcar
E vou-me demorar para acabá-lo,
Pois ele dura muito, quase
Sem fim.
Aquilo que comecei, está metade
Feito. E a partir da metade,
Voltar ou seguir caminho
Tem o mesmo trajeto e a mesma distância.
Quando disto tendo a lembrar
O doce gosto que dá só de olhar
Que até sem o fazer, juro poder
Te tocar
Com o pensamento, e os meus
Acredito: tem dez dedos.
Nunca me esqueço,
?

(Thomas J. P. Lopes, 20020903)